A pista francesa foi palco de uma corrida movimentada neste domingo (11), com variações climáticas que colocaram à prova o talento dos pilotos e a precisão das equipes. A alternância entre trechos secos e molhados tornou o GP um verdadeiro teste técnico — e emocional.
Márquez voador: volta mais rápida da corrida
Mesmo enfrentando condições desafiadoras, Alex Márquez, da Gresini Racing, foi o mais veloz ao registrar 1’34.187 na terceira volta da corrida, ainda com pneus slicks, antes da chuva apertar. O espanhol encontrou a janela ideal de aderência e não desperdiçou, mostrando precisão milimétrica nos setores, com tempos de 21.379 (T1), 21.512 (T2), 26.130 (T3) e 25.166 no trecho final.
Corrida de duas metades: slicks e pneus de chuva
A corrida teve um início com pista seca, o que permitiu voltas rápidas nas primeiras voltas. No entanto, a mudança repentina do tempo obrigou todos a trocarem para pneus de chuva entre a 5ª e 7ª voltas, tornando o segundo stint muito mais lento. A melhor estratégia foi alternar rapidamente, como fez Marc Márquez, que teve duas paradas e mesmo assim terminou em segundo com tempos consistentes na faixa de 1’46.
Já Fermin Aldeguer, também da Gresini, completou o pódio com constância e maturidade, mesmo não repetindo o mesmo brilho da sprint.
Ducati: quatro motos no Top 5 e ritmo dominante
As Ducatis mostraram força mais uma vez. Além de Alex e Marc, Aldeguer e Morbidelli também estiveram entre os mais constantes. Os tempos de volta com pneus de chuva não foram os mais rápidos, mas o equilíbrio e controle em pista molhada fizeram diferença.
A Ducati Lenovo Team, com Marc Márquez, teve ritmo firme mesmo após a troca de pneus. Ele cravou voltas na casa de 1’46 a 1’47 com mínima variação — um feito técnico notável diante do asfalto escorregadio.
Honda e Yamaha: mais uma vez, sufoco
A Honda, com Zarco, Nakagami e Marini, conseguiu salvar alguns pontos, mas o ritmo foi muito abaixo das Ducatis e KTMs. Zarco chegou a girar na casa de 1’46 em alguns momentos, mas caiu para 1’49 no final da corrida, com desgaste acentuado.
A situação da Yamaha foi ainda mais dramática. Fabio Quartararo, favorito local, abandonou a corrida logo após três voltas. Alex Rins também teve dificuldades e terminou apenas em 12º, com tempos na faixa de 1’47 a 1’48, sem conseguir ameaçar os líderes em nenhum momento.
Destaques da Corrida:
- Volta mais rápida da corrida:
Alex Márquez – 1’34.187 (3ª volta)
Setores: 21.379 / 21.512 / 26.130 / 25.166 - Destaques no ritmo geral (média de voltas válidas):
- Marc Márquez – voltas na média de 1’46.4 a 1’47.5
- Fermin Aldeguer – consistente entre 1’47.0 e 1’48.0
- Franco Morbidelli – destaque na segunda metade com voltas sub-1’47
- Pneus e pit stop:
Todos os pilotos começaram com pneus slicks e migraram para pneus de chuva entre as voltas 5 e 8.
Concluímos que:
A prova principal em Le Mans foi uma das mais técnicas do ano. O destaque vai para Alex Márquez, que cravou a melhor volta com estilo, mas o troféu de consistência e leitura de corrida foi de Marc. A performance da Ducati segue impressionante em qualquer condição, e quem quiser lutar pelo título vai precisar ser perfeito em dias como esse. Já a Yamaha, infelizmente, continua em uma fase sombria, mesmo com Quartararo tentando manter o moral da torcida.