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Joan Mir: como ele se tornou campeão com consistência, não com vitórias avassaladoras

© AFP / LLUIS GENE

Em 2020, Joan Mir conquistou seu primeiro título do MotoGP de forma pouco convencional para os padrões mais agressivos que fãs e comentaristas costumam esperar: não com domínio em vitórias, mas com uma regularidade impressionante. Foi uma performance que prova que nem sempre é necessário sair na frente toda vez — basta estar sempre entre os melhores.

Como foi a temporada 2020

AFP
  • Mir ganhou uma única corrida naquela temporada — o GP Europeu.
  • Ainda assim, ele somou três segundas colocações e três terceiras antes de conquistar sua primeira vitória.
  • Ele terminou a temporada com 171 pontos, liderando com certa folga sobre Franco Morbidelli, que ficou em segundo.
  • Sua vitória ocorreu já em parte tardia da temporada, mas sua sequência de pódios garantiu que ele mantivesse liderança de forma estável.

“Sempre segundo”? Onde está o mito

  • Alguns podem dizer “Joan Mir ficou sempre em segundo”, mas isso não é rigorosamente verdadeiro. Como vimos, ele teve uma vitória, vários terceiros lugares, algumas corridas fora do pódio, além de desistências. Ou seja: ficou 2º algumas vezes sim, mas não sempre.
  • O que realmente fez diferença foi que ele evitou muitos acidentes, problemas mecânicos sérios, erros de pilotagem maiores — ou seja, permaneceu presente nos momentos-chaves.

O valor da consistência

Essa conquista de Mir é uma lição de que no MotoGP (e no automobilismo em geral) acumular pontos é tão (ou mais) importante que acumular vitórias. Algumas reflexões:

  • Cada segundo ou terceiro lugar conta quando você é estável. Mir usou pódios para construir vantagem, mesmo quando não venceu.
  • Ele dominou menos em velocidade pura do que alguns rivais, mas penalidades ou erros deles abriram espaço.
  • A mecânica da Suzuki em 2020 foi uma mistura de bom desempenho e confiabilidade — menos falhas graves, menos riscos.

Por que essa conquista foi especial

  • Foi o título mais rápido de Mir no MotoGP — sua segunda temporada completa na categoria rainha.
  • Ele quebrou um jejum de Suzuki: era o primeiro título da marca na MotoGP desde 2000.
  • Ele conquistou o campeonato com uma abordagem diferente: não focando em “apesar de tudo, vencer” mas em “não errar, estar sempre lá”. Esse estilo mostra outra face da pilotagem de alto nível.

Críticas e contrapontos

  • Alguns fãs e comentaristas questionaram se é “justo” ganhar um campeonato com poucas vitórias. Mas isso ignora as regras do esporte: o campeonato é de pontos, não de vitórias — quem tem mais consistência pode sim chegar lá.
  • Outros disseram que a ausência de Marc Márquez, lesionado, ajudou a deixar o campo mais aberto. Isso é verdade parcialmente, mas não diminui o mérito de Mir de aproveitar as oportunidades.

Conclusão

Joan Mir não foi campeão sempre chegando em segundo — ele teve uma vitória, terceiros lugares, algumas derrotas, mas fez o que todos tentam: ser bom sempre. Ele mostrou que consistência e regularidade podem superar as temporadas espetaculares de vitórias, especialmente em anos de incerteza. Em muitos sentidos, a campanha dele é uma aula de estratégia, resiliência e tâmite de campeão.

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