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Holeshot Device: O segredo por trás da aceleração brutal na MotoGP


A MotoGP sempre foi um laboratório de soluções extremas para extrair cada milésimo de segundo das motos. Entre essas tecnologias, uma das que mais chamou atenção nos últimos anos foi o holeshot device, o dispositivo responsável por abaixar temporariamente a suspensão e permitir largadas e acelerações quase irreais. No entanto, apesar da eficiência comprovada, ele também se tornou alvo de debates, restrições e discussões sobre seu futuro.

O que é o holeshot device?

O holeshot device é um mecanismo mecânico instalado nos sistemas de suspensão da moto com a função de reduzir a altura da dianteira, da traseira ou de ambas durante momentos específicos — geralmente na largada e na saída de curvas de baixa.

Ao acionar o sistema, a moto fica mais baixa, reduzindo o centro de gravidade e diminuindo a tendência de empinar. Isso gera melhor tração, mais estabilidade e acelerações muito mais fortes.

Como os pilotos acionam o sistema?

Jack Miller Abril 30, 2021

O piloto ativa o mecanismo manualmente, normalmente através de:

  • um gatilho próximo ao manete,
  • um pino no garfo,
  • ou um controle integrado na mesa.

Na largada, ele abaixa a dianteira (front holeshot). Em acelerações, pode acionar o sistema traseiro — conhecido como Ride Height Device (RHD).

Quando a moto atinge certa velocidade ou faz o primeiro ciclo de frenagem, o dispositivo libera automaticamente, permitindo que a suspensão volte ao curso normal.

Por que esse dispositivo faz tanta diferença?

A principal limitação da aceleração em motos de altíssima potência é o wheelie. Com o holeshot device:

  • a moto empina menos,
  • transfere melhor a força para o asfalto,
  • ganha aceleração mais limpa,
  • e mantém a roda dianteira controlada.

Na prática, significa ganhar vários metros na largada e uma vantagem considerável em saídas de curva — crucial em disputas apertadas.

Impacto na MotoGP e polêmicas

Com o crescimento da eficiência do sistema, equipes passaram a desenvolver versões cada vez mais complexas. O dispositivo começou a ser usado não apenas na largada, mas também durante a corrida, levantando discussões sobre custos, segurança e o aumento do gap tecnológico entre fabricantes.

A Dorna e a FIM passaram então a limitar e gradualmente restringir o uso:

  • O front holeshot device foi proibido.
  • O traseiro (Ride Height Device) segue permitido, mas com regras mais rígidas.

O argumento é simples: manter custos sob controle, evitar disparidades e priorizar habilidades do piloto.

Por que ele chamou tanta atenção do público?

Porque os pilotos hoje precisam realizar múltiplas ações simultâneas na largada: segurar embreagem, controlar giro, posicionar o corpo e ainda acionar o dispositivo. Nas câmeras onboard, é comum ver o piloto “travando” a suspensão e a moto descendo de altura.

É esse detalhe que permite arrancadas tão fortes, que muitas vezes decidem metade da prova logo na primeira curva.

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