A MotoGP pode estar prestes a viver um dos maiores terremotos de bastidores dos últimos anos. Segundo informações divulgadas pela imprensa italiana, a VR46 — equipe comandada por Valentino Rossi — estaria inclinada a romper sua parceria com a Ducati ao fim do contrato atual, em 2026, para migrar para um projeto oficial ao lado da Aprilia. Se confirmada, a mudança alteraria completamente o equilíbrio de forças na categoria e abriria uma nova dinâmica para a temporada 2027, marcada pelas mudanças técnicas que irão redefinir o campeonato.
Um movimento que surpreende… mas faz sentido
A VR46 chegou ao grid da MotoGP em 2022 com motores Ducati e, desde então, manteve uma relação estável e competitiva com a marca italiana. Luca Marini brilhou com o time em 2023, Marco Bezzecchi venceu corridas e foi vice do mundo em 2022 com a mesma estrutura — tudo isso reforçando que o projeto funcionava.
Mas, nos bastidores, a impressão dentro da equipe de Rossi é de que a VR46 deixou de ser prioridade da Ducati. Hoje, a Gresini Racing tornou-se a satélite preferencial da marca de Bolonha, recebendo mais suporte técnico e, sobretudo, mais protagonismo esportivo desde a chegada de Marc Márquez.
Para o lado de Rossi, isso significa perder espaço em um momento crucial, às vésperas de uma reformulação total do regulamento técnico.
A oportunidade Aprilia

A Aprilia vive o melhor momento de sua história no MotoGP. Mesmo sem vencer campeonatos, a fábrica de Noale evoluiu tecnicamente, subiu ao pódio com frequência e vem investindo pesadamente no desenvolvimento do novo protótipo de 850 cc, que estreará em 2027.
O interesse da marca em ter uma equipe satélite forte é antigo — e a VR46 seria a parceira perfeita: estrutura consolidada, pilotos competitivos, know-how de Rossi e forte apelo de marketing mundial.
Para a Aprilia, receber a VR46 seria mais do que preencher uma vaga: seria trazer para dentro da fábrica uma das operações mais profissionais e bem estruturadas do grid.
Por que 2027 é o ano-chave?
A mudança regulatória mexe com todo o ecossistema da MotoGP:
- Motores reduzem de 1000 cc para 850 cc
- Aerodinâmica terá limites mais rígidos
- Holeshot e dispositivos de altura deixarão de existir
- Eletrônica sofrerá padronização mais severa
- Pneus e chassi também terão novas especificações
Ou seja: o desempenho das fábricas será redefinido do zero.
Rossi, experiente, sabe que esse é o momento ideal para escolher quem oferecerá o melhor projeto para o novo ciclo da categoria.
Impacto direto no grid

Se confirmado, o movimento VR46–Aprilia criaria uma configuração inédita:
Para a Ducati:
- Perde uma equipe estruturada
- Fica com apenas uma satélite de ponta (Gresini)
- Terá de reorganizar sua cadeia de desenvolvimento
- Enfrentará 2027 com menos dados coletados em pista
Para a Aprilia:
- Ganha escala
- Ganha fluxo de dados
- Ganha projeção mundial
- E traz Valentino Rossi — maior ícone da história — como aliado estratégico
Para o campeonato:
- Reforça a competitividade entre fabricantes
- Quebra a hegemonia Ducati dos últimos anos
- Eleva a relevância das equipes independentes
- Reacende a guerra técnica às vésperas do novo regulamento
Status do rumor
Apesar de forte, a informação ainda não foi confirmada oficialmente por Ducati, Aprilia ou pelo próprio Valentino Rossi. A imprensa italiana trata como movimento praticamente encaminhado, mas tudo depende de detalhes contratuais e da avaliação final de Rossi sobre o projeto esportivo de cada marca.
Nos próximos meses, mais indícios devem aparecer — e 2025 tende a ser um ano de conversas intensas no paddock.
E agora?
O possível acordo VR46–Aprilia para 2027 tem potencial para reescrever o equilíbrio de forças da MotoGP. Não se trata apenas de uma troca de fabricante, e sim de um reposicionamento estratégico completo, que envolve marketing, desenvolvimento técnico, política de paddock e a chegada da nova era dos motores 850 cc.
Se o rumor se confirmar, a MotoGP verá em 2027 um grid renovado — e Valentino Rossi, mais uma vez, será protagonista dessa transformação.











