O Autódromo Internacional Ayrton Senna, localizado em Londrina, Paraná, é um dos palcos mais importantes do automobilismo brasileiro. Inaugurado em 1992, este complexo esportivo não é apenas uma pista de corrida, mas um verdadeiro centro de paixão por velocidade e história.
História e Evolução
Inaugurado em 21 de agosto de 1992, o autódromo foi inicialmente conhecido como Autódromo Internacional de Londrina. Sua construção foi um marco para o automobilismo paranaense, sendo o terceiro autódromo internacional do estado, resultado de uma parceria estratégica entre a Prefeitura Municipal de Londrina e a Petrobras Distribuidora.
Em junho de 1994, em uma justa homenagem ao tricampeão mundial de Fórmula 1, o autódromo foi renomeado para Autódromo Internacional Ayrton Senna, perpetuando o legado de um dos maiores ícones do esporte a motor.
Estrutura e Traçado

O complexo do Autódromo Ayrton Senna vai além da pista principal, contando com o Estádio do Café e um kartódromo, formando um polo esportivo completo. Com capacidade para receber 35.000 pessoas, o local é palco de grandes eventos e atrai entusiastas de todo o Brasil.
A pista principal possui 3.146 metros de extensão e conta com 10 curvas desafiadoras. Originalmente, o traçado era caracterizado por duas retas paralelas e complexos de curvas em cada extremidade, com uma curva em declive acentuado no extremo oeste sendo um dos pontos mais marcantes. O complexo de boxes é bem estruturado, com 28 garagens, cafeterias, centro de mídia e uma torre de controle.
Ao longo dos anos, o autódromo passou por diversas revisões para se adaptar às exigências das categorias e garantir a segurança dos pilotos. Em 2004, uma nova seção foi adicionada para contornar a curva original do estádio, visando maior segurança e áreas de escape. Modificações posteriores incluíram o alargamento da seção do estádio, a alteração do ápice da segunda curva Esse e a instalação de áreas de escape de asfalto no Curvão, sempre buscando otimizar o traçado para ultrapassagens e segurança.
Competições e Recordes
O Autódromo Internacional Ayrton Senna tem sido palco de diversas competições de renome, incluindo etapas da Fórmula 3, Fórmula Ford, Stock Car, motociclismo, arrancadas, Trofeo Maserati e Speed Fusca. A presença constante em calendários nacionais e regionais demonstra a importância e a versatilidade da pista.
Os recordes de volta são um testemunho da velocidade e do desafio que o autódromo oferece:
Recordes de Volta (MyRacingCareer):
Qualificação:
•Fórmula 2: 54.406 (E. Górniak)
•Automóveis Privados: 56.988 (W. Woeger)
•Fórmula 3: 01:00.249 (R. Rapido)
•Fórmula 4: 01:04.518 (B. Blake)
•Motos Privadas: 01:06.552 (W. Woeger)
•Moto 3: 01:08.443 (T. Phung)
•Stock Car Brasil: 01:10.734 (R. Relâmpago)
Corrida:
•Fórmula 2: 54.877 (A. Morini)
•Automóveis Privados: 57.084 (W. Woeger)
•Fórmula 3: 01:00.297 (D. Novikov)
•Fórmula 4: 01:04.831 (V. Romadov)
•Motos Privadas: 01:06.437 (W. Woeger)
•Moto 3: 01:08.763 (C. Szász)
•Stock Car Brasil: 01:11.067 (N. Bachmayer)

Curiosidades e Legado
O autódromo de Londrina tem uma rica história de curiosidades. A ideia de sua construção surgiu no final dos anos 80, ganhando força com o apoio do então prefeito Antônio Belinati. A parceria com a Petrobras foi fundamental para o financiamento, e o projeto final teve a contribuição do piloto local Carlos Alberto ‘Beto’ Colli Monteiro.
Um dos primeiros e mais tradicionais eventos sediados foi a corrida de resistência
das 500 Milhas de Londrina, que se tornou um evento tradicional no calendário. Apesar das melhorias contínuas em segurança e infraestrutura, o autódromo enfrentou desafios para se manter no calendário da Stock Car em algumas temporadas, mas sempre demonstrou resiliência, continuando a ser um local ativo para a Copa Truck e para testes de diversas categorias.
O Autódromo Internacional Ayrton Senna de Londrina é mais do que uma pista de corrida; é um símbolo da paixão brasileira pelo automobilismo, um local onde a história é escrita a cada volta e onde a memória de um dos maiores heróis do esporte é celebrada continuamente.