Em uma recuperação expressiva, Francesco Bagnaia do time Ducati Lenovo confirmou seu bom momento ao conquistar a pole position para a etapa de Sepang da MotoGP, realizada em 25 de outubro de 2025.
Depois de um período de dificuldades nas etapas da Indonésia e Austrália, Bagnaia “deu a volta por cima” ao vencer a batalha da Q1 — ao lado de nomes como Fermin Aldeguer e Raul Fernandez — para garantir passagem à Q2.
Na sessão decisiva (Q2), Bagnaia usou estratégia diferenciada: fez primeiro um tempo forte, usando um setor final impressionante para assumir provisionalmente a pole e, até o final, ninguém conseguiu superá-lo. O tempo obtido foi de 1’57.001, valor suficiente para liderar a sessão.
Atrás dele, o companheiro de marca — Alex Marquez (BK8 Gresini) — ficou a apenas 0,016 s da pole, em P2. O italiano Franco Morbidelli (Pertamina Enduro VR46) completou a primeira fila, também em Ducati, reafirmando o domínio da marca na qualificação.
Para Bagnaia, a conquista tem um valor relevante: não só retoma a confiança, mas também fecha a «flyaway tour» fora da Europa exatamente como a começou — com pole.
Por que isso é importante

- A pole coloca Bagnaia em excelente posição para o Sprint e para o Grande Prêmio de domingo: largar na frente em Sepang, pista exigente e de alta velocidade, pode ser decisivo.
- A marca Ducati garante três motos nas primeiras filas (pelo menos) e mostra que seu pacote técnico ainda está competitivo em diferentes circuitos.
- A aparente recuperação de Bagnaia após maus resultados reforça que ele ainda está entre os nomes a serem batidos na temporada — tanto para vitórias como para títulos.
Observações técnicas e estratégicas
- Na Q1, a presença de nomes como Aldeguer, Fernandez e Bagnaia deixou claro que a disputa por avançar à Q2 estava acirrada. Bagnaia precisou “fazer o caminho mais longo” — primeiro na Q1, depois na Q2 — para chegar à pole.
- A estratégia de Bagnaia de abrir forte na segunda “metade” da sessão e usar melhor o último setor da pista foi essencial para ganhar tempo.
- A diferença mínima para Alex Marquez (0,016 s) demonstra que a competição está afiada — qualquer pequeno erro pode custar algo crucial. Bagnaia soube evitar esse erro.
- Com o tempo de 1’57.001, Bagnaia não caiu abaixo da marca de 1’57 (o que seria ideal), mas foi suficiente. Isso pode indicar que a pista ou as condições não permitiram tempos ainda mais baixos — ou que a concorrência ainda tinha margem para atacar.
Para assistir no domingo

- Vale observar se Bagnaia mantém a consistência da moto no Sprint: largar da pole exige manter o foco, evitar queimar pneus ou cometer erro na largada.
- A largada de Marquez — tão perto na qualificação — pode render uma disputa interessante pela liderança.
- Verificar como as Ducati se comportam ao longo da corrida, especialmente se as condições da pista mudarem (calor, desgaste dos pneus).
- Observar se algum piloto “surpresa” das primeiras filas consegue desafiar o domínio Ducati ou se a marca consegue converter a vantagem da qualificação em vitória.
De volta?
Francesco Bagnaia chega a Sepang em “modo recuperação” e com a mentalidade de quem quer fechar a temporada voando: a pole é um claro recado aos adversários. A combinação de pilotagem certeira, estratégia de tempo bem aplicada e uma Ducati afiada fazem dele favorito para o domingo — mas a margem está apertada e o adversário mais próximo está logo atrás. Resta agora ver se ele transforma essa dominância da qualificação em resultados concretos na pista.












