“Bodes do Asfalto”: quando a estrada vira um templo de irmandade e fé

foto: Internet

Fundado em 1º de agosto de 2003 em Feira de Santana (BA) por Edson Fernando Sobrinho, o Moto Clube Bodes do Asfalto nasceu da união entre maçons que compartilhavam o amor pelas motos . A proposta era clara: dar suporte aos irmãos durante viagens, criando uma rede de ajuda fraterna em toda a estrada — uma extensão solidária da Maçonaria sobre duas rodas .

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Crescimento exponencial

Hoje, com sede nacional em Feira de Santana, o clube possui cerca de 13 200 membros espalhados por mais de 1 600 cidades, contando com 331 subsedes no Brasil e 9 no exterior, incluindo países como Argentina, EUA, Japão e Portugal . É considerado o maior motoclube do Brasil ― certificado por entidades como o Ranking Brasil em 2024 .

Fé, ritual e propósito

Ao contrário dos motoclubes comuns, os Bodes do Asfalto mantêm uma forte base maçônica sem seguir suas hierarquias rituais. O lema “Liberdade, Igualdade e Fraternidade” ecoa em cada viagem, reunião e evento . A participação das “cunhadas” (esposas e companheiras) enfatiza o caráter familiar e inclusivo do grupo .

Missão social – “semear esperança”

A prática de obras sociais é constante. Nos aniversários do clube e encontros regionais, há arrecadações de alimentos, roupas e doações para instituições locais. No Amazonas, por exemplo, 700 motociclistas reuniram 660 kg de alimentos em um único evento. Essas ações reforçam a ideia de que “estrada e moto também podem significar solidariedade”.

Ritual nas estradas: “Abraçando o Brasil”

Um dos projetos mais simbólicos é o “Abraçando o Brasil”. Nele, os Bodes percorrem o país levando sua bandeira de sede em sede, visitando dezenas de cidades por onde passam, promovendo integração, cultura e ações sociais — percorrendo até 20 000 km por edição

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Estrutura e identidade

O motoclube possui um conselho administrativo, controle de subsedes, coletes oficiais e um hino próprio que fala de liberdade, irmandade e estrada . Mas, apesar da estrutura, mantém distância de rituais maçônicos formais, priorizando a convivência e os propósitos motociclisticos .

Por que essa história merece ser contada?

  • Confluência entre fé e motociclismo: mostra como a Maçonaria encontrou nas motos um canal ativo e moderno de expressar seus valores.
  • Presença nacional e global: esse motoclube tornou-se um movimento social com impacto e alcance inédito.
  • Solidariedade sobre rodas: a face humana e filantrópica do motociclismo, ampliando o olhar para além da velocidade.
  • Cultura e identidade únicas: com hino, bandeiras, regras próprias e presença feminina, derrotam o estigma de que motoclubes são sempre marginais ou hierárquicos.

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