Como nasceu a CBM: o passo que unificou o motociclismo no Brasil

foto: Internet

11 de março de 1948 marcou a fundação da Confederação Brasileira de Motociclismo, idealizada por Rodolfo Schmidt e Raul Brandão, sob um ideal claro: estruturar e representar o motociclismo nacional de maneira oficial e organizada .

As raízes do esporte no país

Antes da CBM, o motociclismo já havia se espalhado por São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Paraná, com influência dos imigrantes europeus. Clubes ativos como o Moto Clube do Brasil (Rio, 1927) e a Federação Paulista de Motociclismo e Ciclismo (1925) organizavam provas em locais como o Viaduto do Chá e Itapecerica .

A filiação internacional (1949)

Com apenas um ano de vida, a CBM conquistou filiação na Federação Internacional de Motociclismo (FIM), se tornando a primeira entidade latino-americana a atingir esse patamar — antes mesmo de países como Japão, EUA, Alemanha ou Argentina .

O tombo de 1954

No auge da ambição, a CBM aprovou — junto a políticos paulistas — uma prova internacional em Interlagos, que viria a ser um desastre organizacional. O resultado? Uma suspensão de 10 anos pela FIM, afastando o Brasil das disputas internacionais .

A reconstrução dos anos 1970

A retomada veio em 1972, com a eleição de Eloy Gagliano à presidência. Ele devolveu à CBM a licença internacional e o bom nome na comunidade mundial. Entre 1985 e 1993, líderes como Carlos Paes de Almeida Filho e Alfredo Rômulo Tambucci consolidaram sua estrutura — mesmo enfrentando crises financeiras .

O ex-piloto Lincoln Miranda Duarte foi crucial na mudança da sede para Belo Horizonte, fortalecendo a gestão e reordenando os arquivos da entidade .

CBM hoje: respeito e protagonismo

Atualmente, a CBM é referência internacional, reconhecida pela FIM e pela União Latino-Americana, com dirigentes em postos-chave e um calendário robusto de competições nacionais e internacionais em solo brasileiro .

Por que essa história importa?

  • Unificação do motociclismo — até 1948, o esporte era fragmentado e amador.
  • Presença global — a CBM foi pioneira na América Latina ao se filiar à FIM.
  • Resiliência — superou suspensão internacional e crises internas para se firmar.
  • Legado duradouro — a estrutura criada é a base do motociclismo de hoje.

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