No primeiro dia completo guiando a máquina da MotoGP, Diogo Moreira revelou ter ficado “um pouco assustado” com a potência e a frenagem da nova Honda, mas terminou o teste com ritmo forte e sensação de evolução imediata.
Diogo Moreira viveu, nesta semana em Valência, o primeiro contato real com a moto da categoria rainha. Recém-coroado campeão da Moto2, o brasileiro começou sua adaptação à Honda da LCR com um total de 57 voltas e um ritmo que surpreendeu até os mais experientes.
Logo nas primeiras saídas de box, Moreira confessou o impacto inicial: a aceleração agressiva e a força da moto o pegaram desprevenido. “Na primeira vez que dei mão cheia, assustei de verdade”, contou. A mudança é enorme: de uma Moto2 equilibrada para um protótipo de MotoGP com potência bruta, eletrônica avançada e dinâmica completamente diferente.
Frenagem: o maior desafio do dia
Se acelerar impressionou, frear exigiu ainda mais foco. A adaptação aos freios de carbono — muito mais potentes e sensíveis — foi apontada por Moreira como a parte mais complicada do teste. Ele destacou que entender o ponto ideal de frenagem e a pressão correta no manete será uma das grandes prioridades da pré-temporada.
Evolução física e técnica
A intensidade da MotoGP também cobrou na parte física. O piloto admitiu que utilizou músculos pouco acionados na Moto2 e que o corpo sentiu a diferença, reforçando a importância do trabalho que será realizado ao longo do inverno europeu.
Mesmo com as dificuldades naturais de estreia, Moreira terminou o dia com uma performance sólida, mostrando velocidade desde cedo e boa adaptação ao equipamento. A equipe avaliou positivamente o teste, destacando o potencial do brasileiro para evoluir rapidamente ao longo de 2026.
Um novo ciclo para o Brasil na elite
A estreia marca o primeiro capítulo de uma nova fase da carreira do piloto, agora inserido oficialmente na MotoGP. Moreira encara o desafio com maturidade e confiança, ciente da responsabilidade de representar o país na principal categoria do mundo.
