Marc Márquez voltou ao topo do motociclismo mundial e garantiu o sétimo título da MotoGP no GP do Japão, após cruzar a linha de chegada em segundo lugar no circuito de Motegi. A conquista foi marcada não apenas pelo resultado em pista, mas também por uma trajetória de superação que o espanhol classificou como o maior desafio de sua carreira.
O cenário antes da corrida
Chegando a Motegi, Márquez precisava apenas manter uma vantagem mínima de 185 pontos sobre seu irmão Álex para sacramentar a conquista com antecedência. O cálculo era simples: se Álex vencesse e somasse os 25 pontos, bastaria a Marc um segundo lugar para fechar a conta. O único cenário capaz de adiar a festa seria uma vitória de Álex combinada a um resultado inferior ao terceiro lugar para Marc — hipótese que não se confirmou.
A corrida decisiva
No domingo, Pecco Bagnaia ficou com a vitória, mas o resultado foi quase secundário diante do feito de Márquez. O espanhol controlou a prova com cautela, cruzou em segundo e assegurou matematicamente o título com cinco etapas de antecedência. Joan Mir completou o pódio, em terceiro.
Com a taça garantida, Márquez não apenas consolidou sua temporada impecável, como também encerrou um ciclo de dúvidas e incertezas que pairava desde suas lesões em 2020.
A classificação e o peso da conquista
Com os pontos somados no Japão, Márquez abriu vantagem inalcançável sobre os rivais, garantindo matematicamente o heptacampeonato. Para o espanhol, porém, mais do que números, este título carrega um simbolismo especial: foi a confirmação de que, mesmo após anos de cirurgias, dores e especulações sobre aposentadoria, ele ainda é capaz de estar no mais alto nível da MotoGP.
“Este foi o título mais difícil da minha carreira”, reconheceu o piloto. A frase resume a dimensão da sua recuperação e a importância histórica do feito.
Do “inferno” à glória
Após o acidente de 2020, muitos acreditavam que Márquez não voltaria a ser o mesmo. Foram várias cirurgias no braço, temporadas comprometidas e até uma mudança de equipe para tentar recomeçar. O próprio piloto já admitiu ter considerado encerrar a carreira em meio às dificuldades físicas.
Ainda assim, mostrou resiliência. Escolheu recomeçar em condições menos favoráveis, adaptou seu estilo de pilotagem e apostou na reconstrução. O resultado foi um renascimento esportivo que culminou na volta ao topo, provando que ainda é um dos maiores de todos os tempos.
O legado ampliado
Com sete títulos na categoria rainha, Marc Márquez entra de vez no seleto grupo dos maiores nomes da MotoGP. Mais do que os troféus, a conquista de 2025 ficará marcada como a temporada em que ele desafiou os limites da resistência física e mental para escrever um dos capítulos mais inspiradores da história recente do esporte.
