A equipe Pramac anunciou nesta quinta-feira, 4 de setembro de 2025, que Miguel Oliveira não fará parte do seu lineup para a temporada 2026 da MotoGP. A confirmação vem no mesmo dia em que a Yamaha oficializou a renovação de Jack Miller até 2026, consolidando o australiano como companheiro de equipe de Toprak Razgatlıoğlu, atual campeão mundial de Superbike.

Em comunicado, a Yamaha expressou agradecimentos a Oliveira por seu “profissionalismo” e “espírito de equipe” ao longo deste seu primeiro ano com a equipe Yamaha, reconhecendo seu empenho no desenvolvimento da YZR-M1 mesmo enfrentando limitações impostas por uma lesão sofrida na Argentina, que o afastou de quatro Grandes Prêmios .

Paolo Pavesio, diretor da Yamaha Motor Racing, admitiu ter sentimentos mistos com a decisão: enquanto celebra a renovação de Miller, lamenta a saída do piloto português, destacando sua dedicação, compromisso com o projeto e excelente postura .
No dia em que soube que não permaneceria na equipe, Oliveira conquistou seu melhor resultado da temporada — um 12º lugar no Grande Prêmio da Hungria. Ele foi contratado pela Pramac na temporada anterior sob um acordo de um ano com opção de renovação, baseada em desempenho. No entanto, os impactos da lesão no ombro e as subsequentes seis campanhas fora resultaram em rendimento aquém do esperado .

O piloto, por sua vez, afirmou ter ficado “um pouco surpreso” com a decisão, mencionando que, ao assinar o contrato de “um ano com opção de extensão”, já esperava enfrentar desafios inicialmente. A lesão agravou o cumprimento da cláusula de desempenho, especialmente diante da velocidade restrita da moto.
Em entrevista à Sport TV, Oliveira comentou que a definição já vinha sendo considerada desde maio, após o anúncio de Razgatlıoğlu para 2026. Apesar de considerar inesperada a não continuidade do projeto iniciado em 2024, ele ressaltou que o futuro permanece aberto, tanto no MotoGP — como piloto de testes — quanto no Mundial de Superbike. Ele acrescentou que prefere seguir competindo, avaliando possibilidades como a Superbike, mantendo a mente tranquila e confiante em seu valor.
Abaixo segue citação do próprio piloto em entrevista a um canal português. (escrito sem tradução para melhor compreensão)
“Não me arrependo de nada do que fiz. Mas sinto que, se deixar o paddock, vou sentir-me incompleto. Acho que as minhas capacidades como piloto são maiores do que aquilo que fiz, do que aquilo que mostrei. Isto pode ser entendido como arrogância ou algum tipo de presunção da minha parte, mas é mesmo assim que me sinto. Estando num desporto que se compara imenso, comparando-me com outros pilotos, sinto que tenho mais para dar. Mas é o que é. A competição é assim. Consegue ser brutal por vezes. É essa a realidade. E no paddock, especialmente quando estás na elite, tens de mostrar, tens de pilotar a moto o mais rápido possível. O que quer que aconteça, ficarei bem. É essa a mensagem. Estarei mais do que bem, acho”, assumiu Miguel Oliveira,
Para Miguel Oliveira, abre-se um novo capítulo na sua carreira, cujo destino permanece em aberto.
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