Após o fim de uma das parcerias mais icônicas da história do motociclismo, a Repsol voltará ao Mundial de MotoGP em 2026. A confirmação foi feita pela Dorna Sports, organizadora do campeonato, marcando o retorno da marca espanhola ao cenário das duas rodas de forma renovada e com um novo papel estratégico.
Uma nova fase após o fim da era Honda-Repsol
A saída da Repsol da Honda Team, ao final da temporada 2024, encerrou uma colaboração que atravessou quase três décadas e construiu uma das alianças mais lendárias da MotoGP. Juntas, Honda e Repsol conquistaram 15 títulos mundiais e se tornaram um símbolo de inovação e domínio técnico nas pistas.
Agora, o retorno da marca ao Mundial representa não apenas uma reaproximação com o esporte, mas também um reposicionamento dentro do campeonato. A partir de 2026, a Repsol passará a atuar como fornecedora oficial de lubrificantes para as categorias Moto2 e Moto3, além de se tornar patrocinadora principal de uma das etapas do calendário mundial.
Repsol e Dorna: parceria renovada e estratégica

De acordo com Dan Rossomondo, diretor comercial da Dorna Sports, a volta da marca é motivo de celebração para todo o paddock.
“Os fãs da MotoGP conhecem a história e a reputação da Repsol. É uma marca que representa excelência e sucesso. Estamos muito orgulhosos de tê-la de volta ao Mundial, oferecendo tecnologia de ponta às equipes e fortalecendo o crescimento do campeonato”, afirmou Rossomondo.
A Repsol também voltará a ter presença de marca nas pistas e painéis publicitários oficiais da temporada, ampliando sua visibilidade global dentro do universo da motovelocidade.
Um retorno com foco em inovação
Segundo Clara Velasco, diretora da divisão de lubrificantes da Repsol, o retorno à MotoGP está diretamente ligado à estratégia global de inovação da empresa.
“Competir novamente no Mundial é um passo natural para nós. É o ambiente ideal para testar e desenvolver novas tecnologias, reafirmando o desempenho dos nossos produtos em condições extremas”, declarou a executiva.
A marca espanhola pretende usar essa nova fase como vitrine para suas soluções em eficiência energética e sustentabilidade, alinhando o retorno ao novo momento do esporte, que tem buscado reduzir emissões e adotar combustíveis sintéticos a partir das próximas temporadas.
Uma história marcada por títulos e legado

Entre 1995 e 2024, a aliança Honda–Repsol escreveu um dos capítulos mais gloriosos da MotoGP. Foram mais de 180 vitórias, 15 campeonatos mundiais e momentos que entraram para a história do esporte, como os duelos de Mick Doohan, Valentino Rossi, Dani Pedrosa e Marc Márquez — todos sob as cores laranja e vermelha da marca.
Mesmo após o encerramento dessa era, o nome Repsol segue fortemente associado à elite da motovelocidade. O retorno em 2026 reforça o compromisso da marca com a competição e sinaliza uma nova fase de parcerias técnicas que podem redefinir a dinâmica das equipes nas categorias de base.
O renascimento de uma gigante
A reentrada da Repsol no Mundial é vista como um marco de reaproximação entre tradição e modernidade. Depois de décadas de protagonismo ao lado da Honda, a empresa volta com um papel mais abrangente, reforçando seu compromisso com o desenvolvimento tecnológico e o crescimento do esporte em nível global.
Com essa nova fase, a MotoGP ganha de volta uma de suas marcas mais emblemáticas — e os fãs, uma boa dose de nostalgia com sabor de futuro.
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