A Voge, divisão premium da gigante chinesa Loncin, oficializou sua chegada ao mercado brasileiro e promete movimentar o segmento de motos de média e alta cilindrada a partir de 2026. Reconhecida internacionalmente por entregar modelos com proposta sofisticada, design arrojado e componentes de marcas globais, a Voge dá um passo estratégico ao entrar em um dos mercados mais relevantes da América Latina.
Com presença consolidada na Europa e em mais de 60 países, a marca vem de um crescimento expressivo: já ultrapassou meio milhão de unidades vendidas e mantém ritmo acelerado de expansão. Agora, mira o Brasil com um plano robusto de operação local, que inclui produção nacional e portfólio alinhado ao padrão global.
Produção nacional e início das vendas: o que já está confirmado
A operação da Voge no Brasil terá início em 2026, com produção local dos modelos — um movimento que demonstra seriedade e intenção de competitividade, especialmente em um mercado sensível a preço e disponibilidade de peças.
A marca prevê:

- Produção nacional de modelos Voge já a partir de 2026
- Comercialização iniciando no primeiro trimestre do mesmo ano
- Portfólio composto inicialmente por duas linhas globais:
- Trofeo – voltada para naked e esportivas de 300 a 525 cc
- Valico – linha aventureira, explorando faixas entre 300 e 900 cc

Embora os modelos específicos ainda não tenham sido divulgados, estas famílias incluem motos que, no exterior, concorrem diretamente com Honda CB500X, Kawasaki Versys 650, BMW G 310, Yamaha MT-03 e outros best-sellers no Brasil.
Por que a chegada da Voge importa para o mercado brasileiroNos últimos anos, o Brasil vem recebendo novas marcas e novos investimentos — e a entrada de uma divisão premium chinesa mostra como o cenário está em transformação. A Voge chega com propostas que unem preço competitivo e equipamentos típicos de motos mais caras, como:
- Suspensões KYB
- Freios Nissin
- ABS Bosch
- Painéis TFT modernos
- Iluminação full LED
- Motores desenvolvidos com know-how global da Loncin
Essa combinação pode criar uma categoria muito interessante: motos com “cara de premium”, mas com valores abaixo das líderes japonesas e europeias.
Além disso, executivos de grande experiência no setor — com passagens por marcas como Suzuki, Aprilia, Royal Enfield e Harley-Davidson — estão à frente da operação no Brasil, reforçando que o projeto é ambicioso e bem estruturado.
Presença global em crescimento
A Voge acumula números impressionantes em pouco tempo de existência. A marca:
- Já vendeu mais de 580 mil unidades no mundo
- Tem expectativa de 214 mil unidades comercializadas no ano atual
- Atua em mercados exigentes, incluindo grande parte da Europa
- Pertence à Loncin, um dos maiores fabricantes de motores do planeta
Essa base sólida faz com que a marca chegue ao Brasil com credibilidade e capacidade de disputar espaço com fabricantes tradicionais.
O que ainda está em aberto
Apesar do anúncio oficial, a Voge ainda mantém algumas informações em sigilo:
- Quais modelos serão fabricados no Brasil
- A faixa de preços das motos
- Como será estruturada a rede de concessionárias
- Estratégia de pós-venda e disponibilidade inicial de peças
Esses pontos são decisivos para definir se a marca ganhará espaço rapidamente — ou se precisará construir reputação aos poucos.
Conclusão: um novo capítulo para o mercado premium acessível
A chegada da Voge ao Brasil é mais do que um novo nome no setor: representa a consolidação das marcas chinesas no cenário mundial e a abertura de uma concorrência direta com fabricantes tradicionais que dominam o mercado há décadas.
Se a Voge repetir no Brasil o padrão de qualidade que já entrega na Europa, o país pode ver nascer uma nova protagonista no segmento de motos premium de médio porte — algo que muitos consumidores buscam, mas com opções ainda limitadas.
Para 2026, o cenário é promissor e coloca a Voge como uma das estreias mais aguardadas do ano.











