A Moto3, categoria de entrada do Mundial de Motovelocidade, está prestes a passar por uma transformação significativa. A partir de 2028, a categoria deve adotar motos com motores bicilíndricos de 500cc, substituindo os atuais monocilíndricos de 250cc. Essa mudança visa alinhar a categoria às exigências físicas dos pilotos e preparar melhor os jovens talentos para classes superiores como a Moto2 e MotoGP.
Por que mudar?
Segundo Carmelo Ezpeleta, CEO da Dorna, o aumento da idade mínima dos pilotos e a estatura média crescente tornaram as motos atuais desproporcionais. Além disso, há uma preocupação em reduzir os custos operacionais das equipes, tornando a categoria mais acessível e sustentável a longo prazo.
Motores mais potentes e acessíveis
A proposta é que as novas motos tenham motores de 500cc com potência aproximada de 80 cv, um aumento significativo em relação aos 60 cv atuais. Apesar do aumento de desempenho, a Dorna busca reduzir os custos das motos, estabelecendo um teto de €75.000 por unidade, menos da metade do valor atual de €175.000.
Interesse dos fabricantes
Honda e KTM demonstraram interesse em fornecer as novas motos para a categoria. A Yamaha também considera a possibilidade, desde que o conceito do motor se alinhe com seus modelos de produção existentes.

Possível fornecedor único
Há discussões sobre a adoção de um único fornecedor para as motos da Moto3, semelhante ao modelo da Moto2. Essa abordagem visa padronizar a competição e reduzir ainda mais os custos.
Quando as mudanças entram em vigor?
As novas regulamentações estão previstas para serem implementadas a partir da temporada de 2028. Até lá, as negociações e definições técnicas continuarão em andamento.
A reformulação da Moto3 representa um passo importante na evolução do motociclismo mundial, buscando equilibrar desempenho, segurança e acessibilidade. Resta acompanhar como essas mudanças impactarão o desenvolvimento de novos talentos e a dinâmica da competição.

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