Com a proximidade do fim de ano, milhões de brasileiros se preparam para viajar. São trajetos mais longos, carros cheios, diferentes tipos de pavimento e, claro, condições climáticas variadas. No meio dessa rotina acelerada de organização, um item essencial não pode ser ignorado: os pneus.
Responsáveis diretos pela aderência, estabilidade e eficiência da frenagem, eles são o único ponto de contato entre o veículo e o solo. Por isso, verificar o seu estado antes da viagem é uma medida simples que pode evitar acidentes, gastos inesperados e até prejuízos maiores em caso de sinistro.
Quando é hora de trocar os pneus?

Segundo Roberto Ayala, Gerente de Engenharia de Vendas da Bridgestone, a troca no momento correto vai muito além da durabilidade — é uma questão de segurança. O principal indicador é a profundidade dos sulcos da banda de rodagem, que determina a capacidade do pneu de drenar água e manter contato adequado com o asfalto.
Ayala explica que, quando essa profundidade chega a 3 mm ou menos, o pneu já começa a perder eficiência, especialmente em pista molhada. O limite legal no Brasil é de 1,6 mm, e esse indicador pode ser identificado por meio do TWI (Tread Wear Indicator) — pequenos ressaltos dentro dos sulcos que mostram quando a borracha atingiu o nível mínimo permitido.
Se o TWI estiver alinhado com a banda de rodagem, o pneu já deveria ter sido trocado.
Além disso, danos visíveis são alerta imediato:
- Bolhas
- Cortes
- Rasgos
- Deformações
- Qualquer dano estrutural
Nesses casos, a substituição deve ser feita sem hesitação, independentemente da profundidade.
Desgaste irregular: um inimigo silencioso

Outro sinal importante é o desgaste diferente entre os lados do pneu ou entre as rodas do veículo. Esse comportamento pode indicar:
- Alinhamento incorreto
- Calibragem inadequada
- Problemas de suspensão
- Amortecedores desgastados
Em situações assim, de nada adianta trocar apenas o pneu. É necessário identificar e corrigir a causa para que o desgaste não volte a acontecer.
Por que o fim de ano exige atenção especial?
Neste período, os veículos frequentemente rodam com carga extra: malas, presentes, equipamentos, passageiros e, às vezes, até racks de teto. Essa condição altera o comportamento da suspensão e aumenta o esforço sobre os pneus.
Somado aos longos trechos rodoviários e ao aumento das chuvas, um pneu desgastado pode representar:
- Maior risco de aquaplanagem
- Distância de frenagem ampliada
- Perda de estabilidade
- Maior possibilidade de furos ou estouros
- Consumo elevado de combustível
Reforça-se que a manutenção adequada é essencial para que motoristas/motociclistas cheguem ao destino “com tranquilidade para celebrar o fim de ano com amigos e família”.
Checklist rápido antes de viajar
Para não ser pego de surpresa na estrada, vale seguir este protocolo simples:
1. Calibragem correta:
Sempre verifique com o veículo ainda frio, incluindo o estepe. A pressão adequada está no manual ou na etiqueta da porta.
2. Alinhamento e balanceamento:
Eliminam vibrações, evitam desgaste irregular e melhoram o comportamento do carro em curvas e frenagens.
3. Profundidade dos sulcos:
Use um medidor, observe o TWI ou peça ajuda ao borracheiro.
4. Inspeção visual completa:
Procure por cortes, bolhas, rachaduras e qualquer deformação.
5. Idade do pneu:
Mesmo com boa aparência, pneus com mais de 5 anos começam a perder eficiência. A informação está gravada na lateral (DOT).
Com esses cuidados, o motorista/motociclista melhora a segurança, reduz gastos e ainda evita contratempos que possam transformar uma viagem tranquila em dor de cabeça.










