A temporada de estreia de Ai Ogura na MotoGP em 2025 foi marcada por aprendizado intenso e uma análise pessoal dura e honesta. Campeão da Moto2 em 2024, o japonês chegou à classe rainha cercado de expectativas, mas admite que um único grande resultado logo na abertura do campeonato acabou se tornando um peso ao longo do ano.
Logo na primeira etapa da temporada, Ogura surpreendeu ao conquistar um quinto lugar na corrida principal, além de um desempenho forte na sprint. O resultado chamou a atenção do paddock e criou uma referência imediata sobre o que se esperava do rookie. Para o próprio piloto, no entanto, esse início teve um efeito inesperado.
“Aquele resultado está me matando”, afirmou Ogura ao fazer um balanço da temporada. “Depois disso, eu não consegui repetir nada parecido e isso começou a me afetar mentalmente.”
Segundo o piloto da Trackhouse Aprilia, o problema não foi a falta de desempenho pontual, mas a comparação constante com aquele primeiro fim de semana. “Quando você começa assim, passa a se cobrar o tempo todo. Eu ficava pensando por que não conseguia voltar àquele nível”, explicou.
Ao longo de 2025, Ogura enfrentou dificuldades naturais de adaptação à MotoGP, além de problemas físicos que limitaram sua evolução. A combinação entre lesões, falta de regularidade e a complexidade da categoria tornou o processo mais duro do que o esperado.
Em uma avaliação direta, o japonês não poupou palavras ao definir seu ano. “Sinceramente, foi uma temporada sem nada de especial”, disse. “Não tive grandes momentos depois da estreia. Foi mais um ano para aprender do que para brigar por resultados.”
Apesar da frustração, Ogura reconheceu que as últimas etapas trouxeram sinais positivos. “No final do campeonato eu comecei a entender melhor a moto e o que a MotoGP exige de um piloto”, afirmou. “Isso me deixa um pouco mais confiante para o futuro.”
Mesmo com uma estreia abaixo das expectativas criadas no início do ano, Ai Ogura encerra 2025 com uma visão mais clara sobre seus pontos fracos e sobre o caminho que precisa seguir. “Agora sei exatamente no que preciso trabalhar para evoluir em 2026”, concluiu.
